Europa quer gastar 7 mil milhões em infraestrutura de transportes mais sustentável



Os ministros do transporte e energia da União Europeia (UE) apoiam um plano de gastar 7 mil milhões de euros em projetos mais sustentáveis, como mais pontos de recarga para veículos elétricos e atualizações aos sistema de comboios. Todavia, o plano continua a insistir no apoio a veículos movidos a gás natural, um combustível fóssil sem quaisquer benefícios para o ambiente.

O grupo Transport & Environment (T&E) recebeu com entusiasmo a decisão, mas considera que o Parlamento Europeu – que deverá em breve votar a proposta – deveria retomar a ambição da proposta original da Comissão Europeia, segundo a qual seriam gastos 10 mil milhões do orçamento Europeu para os transportes (40%) neste tipo de projetos sustentáveis.

Sam Kenny, da T&E, disse: “Hoje os ministros apoiaram decisão de a UE gastar 40% do seu orçamento em transporte sustentável. É a decisão correta e um sinal claro ao Parlamento Europeu de que precisa reverter a decisão negligente do comité do transporte e indústria de eliminar a sustentabilidade do orçamento para o transporte da UE”.

Infelizmente, diz a T&E, os ministros consideram que o gás natural deve ser considerado para o financiamento climático, dado que se enquadra na definição de “combustíveis alternativos.” Isto acontece apesar de, segundo a T&E, e também como já tinha avisado a associação Zero, os veículos a gás não terem benefícios significativos no que toca à qualidade do ar ou do clima quando comparados com os veículos com motores de combustão tradicionais.

Sam Kenny conclui: “Não há lugar para o gás natural num fundo desenhado para colocar os transportes num caminho para as zero emissões. É um desperdício de fundos públicos que são limitados e coloca-nos em risco de ficarmos presos aos combustíveis fósseis sem quaisquer benefícios para a qualidade do ar ou do clima. Os Ministros devem rejeitar estas emendas falaciosas do ponto de vista ambiental e focar o investimento em soluções genuínas de emissões zero.”





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