Facebook vai permitir que utilizadores se identifiquem como dadores de órgãos
Podem as redes sociais salvar vidas? O Facebook acredita que sim, por isso vai permitir que os seus utilizadores indiquem, nos seus perfis, se são dadores de órgãos. A empresa espera que este anúncio público encoraje mais cidadãos a tornarem-se dadores e, não menos importante, proporcionar uma forma de provar aos familiares a aprovação de uma determinada pessoa em relação à doação, em caso se morte desta.
Segundo o Grist, há hoje 100 mil norte-americanos à espera de órgãos, uma experiência “angustiante e solitária”. A maioria destes espera por transplantes de rim , uma operação com uma taxa alta de sucesso, mas que demora, em média, quatro anos a ser marcada, por falta de órgãos. Todos os dias, também nos Estado Unidos, morrem 18 pessoas por falta de doadores.
A forma mais fácil de se tornar um dador de órgãos, nos Estados Unidos, continua a ser um registo oficial no respectivo banco, mas os activistas esperam que a entrada do Facebook neste tema cívico – utilizando a internet como uma praça pública, para benefício público – torne a doação de órgãos mais fácil. Na verdade, estes activistas esperam que esta seja uma forma de pressão entre os amigos, e que esta pressão mude a forma como as pessoas se comportam.
De acordo com o Donate Life America, 43% dos norte-americanos estão registados como dadores de órgãos, mas cerca de 90% apoiam a causa. Em Portugal, recorde-se, a doação de órgãos está a cair a pique em 2012.
Os activistas pela doação de órgãos esperam agora que o Facebook adopte a própria arquitectura de plataforma para promover esta causa, mas será pouco provável que tal aconteça, pelo menos de uma forma radical.