Família alemã faz greve de dinheiro há três anos em protesto contra consumo excessivo
Os Fellmer não são uma família como as outras. Há três anos, o pai Raphael, então com 26 anos e sem filhos, convenceu a sua esposa, Nieve, a viverem um longo período temporal sem dinheiro. Ou praticamente.
O jovem, que tinha acabado de regressar de uma viagem pelo México sem gastar um centavo, ficou impressionado pela forma como as pessoas gastavam o dinheiro em coisas inúteis, mas levou o protesto a níveis mais exagerados.
Assim, ele decidiu iniciar uma greve de dinheiro para protestar contra o que chama de “sociedade de consumo excessivo”. Hoje, a família – já com a filha de um ano, Alma Lucia – vive num pequeno porão de uma casa em Berlim, mas o pagamento é feito através de permuta.
Em troca de tecto, Raphael e Nieve oferecem os seus serviços domésticos aos donos da habitação. Os dois tratam do jardim e fazem pequenas reparações na moradia. O mesmo acontece quando têm de adquirir objectos para o dia-a-dia: roupas, sapatos, móveis ou outros utensílios.
A alimentação vem 100% daquilo que é descartado pelos supermercados da cidade. Assim, o único gasto monetário dos Fellmer é a conta da luz e da água. Nieve também gastou algum dinheiro no acompanhamento pré-natal, antes do nascimento de Alma Lucia.
Acompanhe Raphael Fellmer no Facebook e Twitter.
Segundo Raphael, que nasceu no seio de uma família de classe média-alta alemã, a intenção do protesto não é convencer a pessoas a viverem sem dinheiro, mas inspirá-las a ver onde estão a consumir excessivamente.
Para fazer passar a sua mensagem, o activista criou o site Forward the (R)evolution, que fala em problemas como resíduos sólidos ou consumo excessivo.
O que acha desta ideia de Raphael e Nieve Fellmer? É algo de positivo para a sociedade ou um acto isolado e sem qualquer tipo de consequências a médio e longo prazo? Deixe-nos aqui a sua opinião.