Fenómeno El Niño começou a sentir-se e deve “reforçar-se gradualmente”



O fenómeno meteorológico El Niño, geralmente associado ao aumento das temperaturas, começou oficialmente e deverá “reforçar-se gradualmente” nos próximos meses, anunciou ontem a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).

O El Niño é um fenómeno caracterizado por temperaturas superficiais mais elevadas no Oceano Pacífico equatorial, mas que tem consequências para todo o planeta.

“Poderá conduzir a novos recordes de temperatura” em certas regiões, declarou Michelle L’Heureux, climatologista da NOAA, em comunicado.

Em maio, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) advertiu que o período 2023-2027 seria quase de certeza o mais quente alguma vez registado na Terra, devido ao efeito combinado do El Nino e do aquecimento global provocado pelas emissões de gases com efeito de estufa.

O El Niño ocorre aproximadamente de dois em dois ou de sete em sete anos e os climatologistas previram a sua chegada este ano durante vários meses.

O fenómeno oposto, La Niña, que tende, pelo contrário, a provocar uma descida das temperaturas, tem estado presente nos últimos três anos.

“Dependendo da sua intensidade, o El Niño pode provocar uma série de consequências, como o aumento do risco de chuvas fortes ou de seca em certas regiões do mundo”, explicou Michelle L’Heureux.

“As alterações climáticas podem agravar ou atenuar certos impactos associados ao El Nino”, acrescentou.

Regra geral, o El Niño tende a moderar a actividade dos furacões no Atlântico, mas favorece-a no Pacífico, segundo a NOAA.





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