Finning e outras más práticas de pesca detetadas em navios certificados pela MSC



O finning, uma prática de remoção das barbatanas do tubarão na qual o corpo do animal é depois lançado de volta ao mar, e outras más práticas de pesca, foram detetadas em navios no Oceano Pacífico Ocidental e Central, perto das Ilhas Salomão. A situação piora já que, algumas das embarcações, são certificadas pela Marine Stewardship Council (MSC), organização que promove a pesca sustentável.

Os resultados são apresentados num relatório publicado este mês pela Shark Guardian, uma instituição fundada no Reino Unido. Entre os mais de 600 casos de irregularidades denunciadas, entre 2017 e 2021, estão o finning, a colocação de redes de pesca para apanhar cardumes de atum onde se encontrava uma baleia de bryde (Balaenoptera brydei) – que por conseguinte ficou ferida mas conseguiu escapar -, a captura acidental de raias (Mobula mobular) e de tubarões (Carcharhinus falciformis) nas redes e o seu descarte, a comunicação em excesso das capturas – o que dá a ideia de que os stocks de peixe permanecem saudáveis naquela região – e o ocultar da captura de espécies em pesca acessória.

A MSC já reagiu ao documento e afirmou que vai investigar a situação. “Levamos a sério as alegações contidas no relatório do Shark Guardian, relacionadas com navios que pescam no Pacífico Central Ocidental. Ao receber a notificação deste relatório pelos media, solicitámos imediatamente ao órgão de supervisão independente, a Assurance Services International, que supervisiona as nossas atividades de certificação de terceiros, para investigar as alegações relacionadas à remoção de barbatanas de tubarão e outras questões levantadas no relatório“, alega, em comunicado, a organização.

Pode ver algumas fotografias divulgadas pela Shark Guardian, na galeria:

 





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