FitoAvista dá a conhecer o invisível mundo das algas



O novo programa de ciência cidadã do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), FitoAvista, desafia a sociedade a participar na monitorização de fitoplâncton marinho em toda a costa portuguesa, através da comunicação de espumas ou coloração da água.

De que se trata o programa?

“Trata-se de uma iniciativa de ciência cidadã que pretende monitorizar o fitoplâncton (microalgas) na costa portuguesa, recorrendo aos cidadãos que, nas suas deslocações à zona costeira, por lazer ou trabalho, avistem espumas ou uma coloração da água do mar. Estes têm agora um canal dedicado à comunicação destas ocorrências”, disse fonte oficial do programa à Green Savers.

Como é que surgiu a ideia?

Segundo a mesma fonte, o fitoplâncton “está sempre presente na água e tem uma taxa de reprodução muito rápida, podendo atingir concentrações muito elevadas num curto espaço de tempo, se as condições ambientais se revelarem ótimas”. Ao longo do ano, a costa portuguesa é objeto de “muitas proliferações de microalgas, muitas com um impacto severo no setor aquícola e turismo”.

“Uma vez que as entidades competentes sentem dificuldades em monitorizar diariamente toda a costa portuguesa, o FitoAvista convida os cidadãos a estarem atentos a estes fenómenos durante as suas atividades na zona costeira e a participarem ativamente na recolha de dados, uma das fases mais importantes em ciência”, sublinhou.

No âmbito da Década dos Oceanos (https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000265198_por), iniciativa da ONU formulada para reverter a perda de qualidade do oceano e criar condições para seu uso sustentável, a responsabilidade de contribuir para a saúde do seu oceano “compete a toda a sociedade”. Assim, “dada a ligação histórica e afetiva do povo português ao mar, espera-se uma forte adesão ao programa”. Os avistamentos “irão permitir uma avaliação atempada do fenómeno e atuar, caso se verifique necessário”, garante.

A parceria com o GelAvista, programa de ciência cidadã do IPMA iniciado em 2016 que conquistou um elevado número de observadores, “surge na medida em que é possível conciliar os avistamentos de gelatinosos com os avistamentos de espumas ou coloração da água na zona costeira”.

Como é que o cidadão comum se pode tornar um observador FitoAvista?

Durante as suas deslocações à zona costeira, seja por lazer ou por trabalho, o cidadão que observe espumas ou colorações da água do mar “deverá enviar o registo fotográfico da ocorrência, identificando a localização e a data da mesma para plancton@ipma.pt. Todos os avistamentos serão registados numa base de dados e merecerão uma resposta”, garante a mesma fonte.

Como é que pretendem sensibilizar a população para o projeto?

Serão disponibilizados conteúdos através do website e das redes sociais (em construção e a lançar em breve) e realizadas ações de sensibilização e de formação alusivas ao fitoplâncton, em articulação com entidades que operem na zona costeira, desde associações ambientais a escolas de surf, passando pelas capitanias, polícia marítima e outras.

 

 

 

 

 





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