Food & Nutrition Awards levam inovação alimentar ao Mercado da Ribeira



Já se conhecem os vencedores do Food & Nutrition Awards (FNA), uma iniciativa anual que reconhece as boas práticas, os projetos e os produtos inovadores no âmbito da indústria agroalimentar.

Na categoria Investigação & Desenvolvimento, o prémio foi para a BfK AWARDS – Deflamina, uma proteína anti-inflamatória do tremoço. O objetivo do projeto é produzir biscoitos provenientes do tremoço, para utilização na prevenção e cura de doenças inflamatórias intestinais e do cancro colo-rectal. Tendo em conta a crescente de intolerâncias alimentares e de inflamações recorrentes do intestino, a utilização do tremoço, ajudará ao nível da saúde e bem-estar, contribuindo positivamente para a biodiversidade vegetal, agricultura sustentável e economia das regiões do sul da Europa.

O segundo vencedor desta categoria foi o Projeto Nutrition UP 65, da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, que tem como finalidade reduzir as desigualdades e disfunções nutricionais na população idosa portuguesa. Assim, foi desenvolvido um curso que contém programas educacionais e ferramentas educativas adaptadas para estimular a educação alimentar dos adolescentes e adultos.

As menções honrosas foram para o SousChef, da Associação Fraunhofer Portugal Research (uma solução tecnológica que procura identificar problemas relacionados com a nutrição e restrições alimentares dos seniores) e para o HoneyOrigin, da LAQV-REQUIMTE/FFUP e CIMO-IPB (que permite a deteção da fraude na comercialização do mel).

Na categoria Educação Alimentar, o vencedor foi a Liga Portuguesa Contra o Cancro com o projeto Os Super Saudáveis, uma campanha de educação alimentar implementada nos refeitórios das escolas, e dirigida a crianças entre os 6 e os 10 anos.

As menções honrosas foram para o projeto Escolha + Saudável, da ITAU (que mudou a oferta convencional disponível na cafetaria para promover uma redução significativa do consumo excessivo de açúcar, sal e gordura, bem como incrementar a disponibilidade de alimentos enquadrados num padrão alimentar mais saudável), e para o Geofood.Edu, da Associação Geoparque Arouca (que tem como objetivo dar a conhecer os produtos da terra, provenientes do agricultor, bem como sensibilizar as crianças e jovens para os benefícios da escolha de produtos frescos, sazonais e locais).

Na categoria Produto Inovação, o vencedor foi o PROTTY, um superpão proteico com 26 gramas de proteína e sem açúcar. As menções honrosas foram para as Papas de Aveia Nacional, da Cerealis Produtos Alimentares; para a Sardinha com algas BIO, da ALGAplus (com algas da Ria de Aveiro); para a Farinheira de Castanha Porco Preto, da Companhia Alentejana de Enchidos Tradicionais; para o Vinagre de Sidra, da Mendes Gonçalves; e para o Iogurte de leite de cabra, da Tété, Produtos Lácteos.

Na categoria Sustentabilidade Alimentar, o vencedor foi a Plataforma Digital Colaborativa Zero Desperdício, da DARIACORDAR & THE AD STORE. A plataforma tem por base o combate ao desperdício alimentar, aliando a otimização e agilização dos processos e modelo operacional Zero Desperdício ao maior envolvimento e colaboração das empresas, cidadãos, comunidade e instituições.

As menções honrosas foram para o Terra de Cascais, da Cascais Ambiente (um projeto que dinamiza o ecossistema agrícola de Cascais promovendo a produção local, sazonal e biológica) e para o Gwiker – Earthfood, da Gwiker (que promove um estilo de alimentação saudável e natural).

 

Oradores internacionais antecipam futuro gastronómico
A Conferência recebeu dois oradores internacionais, Ross Dawson e Morgaine Gaye, especialistas na análise das mudanças no setor alimentar.

Segundo Ross Dawson, “A sociedade está a mudar, a tecnologia está a mudar, fazendo com que a sociedade se molde aos novos paradigmas.”; A única razão porque temos agora a ‘slow food’, prende-se com o facto de termos inventado a ‘fast food’.”; O que fazemos agora não é sustentável para sempre.”

Já a investigadora e futuróloga britânica especializada em alimentação, Morgaine Gaye, disse que “A ‘alimentação’ é o resultado de algo social, comportamental, psicológico, cultural, e até traduz a nossa história…”; “Na atualidade, não nos alimentamos porque temos fome, mas sim porque damos importância ao que isso diz sobre cada um de nós”.





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