FoodCycle: a comida como inclusão social (com vídeo)



No Reino Unido, são desperdiçadas cerca de 400 mil toneladas de comida por ano. Paralelamente, há 4 milhões de pessoas com necessidades alimentares permanentes e mais de 2 milhões de cidadãos desempregados.

Foi a pensar nestes dados que, inspirado pelo projecto norte-americano The Campus Kitchens Project, Kelvin Cheung lançou a FoodCycle, uma iniciativa que utiliza a comida como inclusão social.

Fundada em Setembro de 2008, a FoodCycle reúne centenas de voluntários – muitos deles desempregados –, aproveita os desperdícios diários de supermercados, hipermercados, padarias ou mercados, cozinha-os e reúne milhares de pessoas à mesma mesa.

“Deixamos o caos, a criatividade e a inovação orientar os nossos dias. Recolhemos a comida e, em cerca de 15 minutos, temos de pensar em como cozinhá-la, sempre com o objectivo de confeccionar pratos muito saudáveis”, explicou Cheung, citado pela revista Gingko.

As refeições são servidas a um público heterogéneo: pessoas com baixos rendimentos, que não sabem cozinhar, incapacitados físicos, idosos solitários, sem abrigo, refugiados, toxicodependentes ou pais solteiros com dificuldades. Com isto tudo, a comida acaba por ser um factor de inclusão social.

“Resgatamos o significado das antigas refeições. Além de se alimentarem de forma saudável, as pessoas estão juntas, partilham histórias e trabalham em conjunto. Há tantas coisas que nos separam! Se há algo que nos une é uma boa refeição”, explicou Kelvin.

Hoje, a FoodCycle tem já 750 voluntários em 15 comunidades do Reino Unido. Conheça melhor o projecto em http://www.foodcycle.org.uk. Veja também o projecto no Facebook e Twitter.

E, já agora, dê uma vista de olhos no The Campus Kitchens Project.





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