Fóssil de cavalo com 47 milhões de anos descoberto em Frankfurt



Há 47 milhões de anos, uma égua grávida foi beber água a um lago, na actual Alemanha, que estaria contaminado com gases vulcânicos mortais. Agora, o seu fóssil bem preservado foi recuperado por paleontologistas a trabalhar na Mina de Messel, em Darmstadt, perto de Frankfurt.

Os restos fossilizados da égua e do seu filho permitem agora aos cientistas um novo conhecimento sobre estas criaturas antigas e compará-las com os actuais cavalos: apesar de grandes diferenças ao nível do tamanho, a verdade é que os cavalos antigos tinham formas de reprodução idênticas aos modernos.

Conhecida como eurohippus messelensism, esta criatura tinha sete polegares nos pés e era do tamanho de um fox terrier actual. “Quase todos os ossos do feto ainda estão na sua posição original, apenas o crânio está esmagado”, explicou Jens Lorenz Franzen, do Senckberg Research Institute e que liderou o estudo.

O espécime foi descoberto há quase 15 anos, mas só agora foi devidamente escalpelizado através de tecnologia raio-x. Este revelou que uma estrutura conhecida como ligamento alargado e que liga ao útero à coluna e ajuda a transportar o feto em desenvolvimento.

A mina de Messel formou-se no fundo do Lago Messel e preserva os restos de mamíferos, aves e outros animais que viveram perto da actual Darmstadt, há 47 milhões de anos. Não existia oxigénio no fundo do lago quando estes animais se afundaram e tornaram-se envolvidos em pedaços de lama.

Segundo os cientistas, o potro estaria prestes a nascer aquando o envenenamento da mãe, mas ainda não tinha entrado em trabalho de parto.

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