Fóssil de gafanhoto com 300 milhões de anos descoberto em Gondomar



Foi na região de São Pedro da Cova, em Gondomar, que foi encontrado em 2006 um fóssil de gafanhoto. A espécie, que pertence a um grupo primitivo da subordem Archaeorthoptera, foi agora nomeada Lusitadischia sai, em homenagem ao paleontólogo Artur Sá, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Os restos fósseis datavam de há 300 milhões de anos, do período do Paleozóico. De acordo com os especialistas, este é o segundo registo de um espécime da família Oedischiidae na Península Ibérica.

“Apenas seis espécimes fósseis de arqueortópteros são conhecidos do Gzheliano do Pensilvánico Superior (com idades compreendidas entre os 303 e os 299 milhões de anos) de Espanha e Portugal. A diversidade representada por tão poucos registos espelha bem a dificuldade de encontrar fósseis do grupo na Península Ibérica. Isso não significa que este e outros insetos não fossem abundantes e diversificados no Carbónico desta região, mas sim que a limitação de seu registo fóssil é um grande obstáculo para tal descoberta”, explica a Universidade de Coimbra.

O gafanhoto foi descoberto pelo paleontólogo Pedro Correia, investigador do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, e o estudo foi desenvolvido com a colaboração do paleoentomólogo André Nel, do Museu Nacional de História Natural de Paris.





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