França quer liderar luta contra as alterações climáticas. Dando o exemplo



A França acabou de anunciar que pretende deixar de vender veículos movidos a gasolina e diesel até 2040. E tornar-se um país de emissões neutras, dez anos depois, em 2050.

A decisão explica-se obviamente pela decisão do presidente norte-americano de sair do Acordo de Paris, como referiu Nicolas Hulot, ministro francês do Ambiente em conferência de imprensa: “Um dos actos simbólicos do plano é que a França, que tinha anteriormente decidido reduzir as suas emissões para um quarto do valor actual em 2050, decidiu agora, após a decisão do governo dos Estados Unidos, que nos vamos tornar neutros nas emissões de carbono logo nesse ano. Pretendemos demonstrar que a luta contra o aquecimento global pode levar a uma melhoria na vida de todos os franceses”.

Paralelamente o país irá também abandonar todas as centrais de carbono até 2022, e diminuir a percentagem de energia nuclear dos 75% para 50% nos próximos oito anos. E irá ainda banir as importações de óleo de palma que não tenha sido cultivado de uma forma sustentável (um grave problema tal como alertamos aqui)

A indústria automóvel francesa estará bem preparada para esta decisão, e o grupo Renault (que inclui a Nissan) é mesmo líder nesse segmento. Mas toda a indústria automóvel está a dar passos firmes nesse sentido, como se prova pela recente decisão da Volvo, ou pelos planos da BMW em lançar vários novos modelos eléctricos, incluindo já um Série 3, ou pela decisão da Volkswagem em construir um milhão de veículos eléctricos até 2020.

Foto: Creative Commons





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