“Pensamos no Planeta como a nossa casa”, diz o líder indígena Francisco Piyãko



Francisco Piyãko é o líder do Indigenous Movement e representante do povo Ashaninka, uma tribo com mais de 170 mil índios que se fixou no noroeste da América do Sul. Foi o próprio que fechou o evento Planetiers World Gathering neste primeiro dia, no palco Crédito Agrícola Communities Stage, com uma mensagem de alerta.

O representante aponta a Amazónia como um bem da vida da humanidade, com muito para oferecer através dos seus recursos naturais, mas que tem de ser tratado com sabedoria e inteligência. “A gente pensa no Planeta como a nossa casa”, e “apesar de termos culturas diferentes, línguas diferentes, a gente vive na mesma casa”, “mas sabemos que o mundo hoje está dividido, alguns trabalhando para que a gente possa cuidar melhor do nosso planeta, da nossa casa” ao contrário de outros, explica.

Revela que tem sido um ano muito triste devido aos focos de incêndio que têm destruído milhares de hectares na floresta, e admite que sente que “o governo está contra a Amazónia e os povos indígenas”, pondo inclusive a responsabilidade institucional em causa; Fala em “constantes ameaças” e numa “violação dos direitos dos povos”, e alega que o governo não age com inocência, mas que se trata de um negócio e de um jogo político.

Ainda assim, quando questionado acerca de uma possível solução, o líder diz ter esperança no povo brasileiro, e explica que só eles podem ajudar a situação através das eleições.  “Nós não queremos mudar, queremos respeito e que nos protejam (o governo)”, garante.

Francisco afirma que uma das medidas principais que todos podemos fazer para ajudar a situação, é não comprar produtos que provêm de empresas que contribuem para a desflorestação da Amazónia e que não respeitam a sua biodiversidade.





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