Fundo saudita financia projeto hidrográfico em Cabo Verde
Cabo Verde assinou ontem um acordo com o Fundo Saudita para o Desenvolvimento para financiamento de 17 milhões de dólares (15,84 milhões de euros) destinados ao desenvolvimento de três bacias hidrográficas do arquipélago, anunciou o Governo.
“Trata-se de um projeto que consiste na melhoria e desenvolvimento das bacias hidrográficas e na transformação do setor da agricultura” nas ilhas de Santiago, Santo Antão e Boa Vista, explicou o Ministério das Finanças e Fomento Empresarial na rede social Facebook.
Na assinatura, o Governo cabo-verdiano foi representado pelo secretário de Estado das Finanças, Alcindo Mota.
O projeto tem um orçamento total de 36 milhões de dólares (33,54 milhões de euros), sendo que 16,5 milhões (15,37 milhões de euros) serão financiados pelo Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico de África (BADEA, aprovado em 2021) e 2,5 milhões (2,33 milhões de euros) pelo Governo de Cabo Verde.
A assinatura do mais recente financiamento decorreu durante a visita de uma delegação do fundo saudita a Cabo Verde, para uma missão especificamente dedicada aos trabalhos a realizar nas três bacias hidrográficas.
O projeto tem como objetivo contribuir para o cumprimento da primeira meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, nomeadamente reduzir a pobreza, eliminar a fome, garantir segurança alimentar, melhoria dos alimentos e fortalecimento da agricultura sustentável.
Especificamente, pretende-se aumentar a mobilização das águas de superfície e subterrâneas, a extensão das áreas agrícolas irrigadas e implementar obras que protejam os solos contra a erosão, a par de campanhas de sensibilização sobre adaptação das atividades agrícolas às mudanças climáticas.
As bacias hidrográficas ficam situadas em Ribeira São João Baptista (ilha de Santiago), Ribeira Grande (Santo Antão) e Ribeira Calhau (Boa Vista).
Nas localidades indicadas serão construídos diques, poços, sistemas de bombagem com energia solar, reservatórios de irrigação, entre outras infraestruturas.
Serão igualmente ordenados 38 quilómetros de vias de acesso a parcelas agrícolas.