Genoma do mamute-lanudo foi sequenciado



Uma equipa internacional de cientistas concluiu recentemente a descodificação do genoma do mamute-lanudo (Mammuthus primigenius), graças a ADN recuperado de dois espécimes encontrados na Sibéria e na Ilha de Wrangel, na Rússia, com 44.800 anos e 4.300 anos, respectivamente.

De acordo com os resultados, divulgados recentemente na revista científica Current Biology, houve dois momentos na história da espécie em que a população global destes animais sofreu uma abrupta diminuição. O momento mais antigo ocorreu há cerca de 280.000 anos e o mais recente registou-se no final da última era glaciar, há 12.000 anos. A espécie extinguiu-se há menos de 4.000 anos, quando morreram os últimos mamutes que habitavam na Ilha de Wrangel. Não se sabe qual a causa da extinção da espécie.

Embora o novo estudo ainda não tenha conseguido descortinar qual a causa da extinção da espécie, as conclusões podem ajudar a estimar qual a diversidade genética óptima de uma população em vias de extinção. “Dado que as populações pequenas levam à redução da capacidade de reprodução dos animais selvagens, é plausível que a baixa variação genética detectada neste estudo possa ter tido impacto nessa capacidade da população de mamutes-lanudos da Ilha de Wrangel e ter contribuído para a sua consequente extinção”, concluem os investigadores no artigo, cita a BBC.

A análise e descodificação do genoma do mamute-lanudo pode ser ainda utilizada para tentar “ressuscitar” esta espécie através da engenharia genética, utilizando fêmeas de elefante como barrigas de aluguer. Porém, ressuscitar esta e outras espécies extintas levanta muitas questões éticas.

A sequenciação do genoma completo do mamute-lanudo foi feita por uma equipa de cientistas da Suécia, Estados Unidos, Canadá e Rússia.

Foto: Scott Atwood / Creative Commons





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