GeObserver chega à Serra da Arrábida e Estuário do Sado



O GeObserver e o IPS (Instituto Politécnico de Setúbal) assinaram um acordo para a implementação deste sistema na Serra da Arrábida e Estuário do Sado, passando assim a plataforma a “observar” mais estas duas áreas protegidas.

O GeObserver é um sistema de informação geográfico, criado em 2011 no IPS (Instituto Politécnico de Setúbal) em parceria com a ASE (Associação Cultural Amigos da Serra da Estrela), orientado para o conhecimento, investigação e protecção ambiental, assentando num modelo colaborativo. A esta parceria juntou-se também o CISE (Centro de Interpretação da Serra da Estrela), parceiro fundamental na área da biologia e biodiversidade.

A plataforma encontra-se actualmente, e desde o seu início de actividade, instalada no Parque Natural da Serra da Estrela onde, segundo o GeObserver, “tem revelado grandes potencialidades e contributos, tanto para a protecção ambiental como para comunidade científica”.

Assim, ela foi responsável pela descoberta da águia-de-Bonelli, extinta na serra da Estrela há mais de 30 anos; e por novos habitats para a lagartixa-de-montanha (Iberolacerta monticola), uma espécie vulnerável e endémica da serra da Estrela. “Do ponto de vista científico, esta descoberta revelou-se muito importante, alterando deste modo o mapa da sua distribuição”, explicou o GeObserver em comunicado.

Os dados constantes na plataforma são fornecidos não só pelas entidades que apoiam o projecto, mas também por cidadãos comuns que podem registar as suas observações de biodiversidade ou alertas ambientais.

A implementação na Serra da Arrábida e Estuário do Sado representa um novo desafio, uma vez que as características destas áreas são muito diferentes da Estrela, principalmente o Sado tratando-se de um ambiente maioritariamente marinho.

Por outro lado, ela faz parte de uma nova fase em que pretende chegar a outras áreas protegidas do país com a mesma finalidade: observar para preservar – recolher e agregar informação, cruza-la e fornecer dados que permitam melhor conhecer e proteger estes monumentos naturais.

Hoje a plataforma faz o cruzamento de mais de um milhão de registos, é utilizada por mais de uma dezena de universidades e escolas (nacionais e estrangeiras) para estudos e investigações.





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