GNR apreendeu 122 passarinhos nas duas últimas semanas



O Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR (SEPNA) realizou, nas duas últimas semanas, uma apreensão de 38 passarinhos, já mortos e outra de 84, vivos, e em que a maioria foi devolvida à natureza.

A primeira apreensão, de 38 passarinhos mortos, ocorreu a 26 de Novembro. “Os passarinhos foram capturados, provavelmente para fins gastronómicos”, explicou a Sociedade Portuguesa para a Protecção das Aves (SPEA) em comunicado. Os animais pertenciam a quatro espécies diferentes de passeriformes da nossa fauna: 13 piscos-de-peito-ruivo, 1 toutinegra-de-cabeça-preta, 1 ferreirinha-comum e  23 toutinegras-de-barrete-preto. Alguns dos indivíduos já estavam depenados e eram bastante visíveis os danos causados pelas armadilhas utilizadas.

Um dia depois, o SEPNA de Portimão apreendeu 84 passeriformes de 24 espécies diferentes, que se encontravam numa gaiola em situação de cativeiro ilegal. Para além de espécies habitualmente mantidas em cativeiro ilegal como pintarroxo-comum, pintassilgo, lugre, verdilhão, tentilhão-comum e chamariz ou milheirinha, foram também encontradas na gaiola aves como chapim-rabilongo, calhandrinha-comum, bico-grossudo, escrevedeira-dos-caniços, alvéola-amarela ou trepadeira-azul.

Mais recentemente, o SEPNA de Tavira fez outra apreensão de oito pintassilgos, que também foram devolvidos à natureza. Todos os animais vivos foram encaminhados para o RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, gerido pela Associação ALDEIA, para se avaliar a sua condição física e proceder à sua devolução à natureza.

“Estas apreensões revelam a importância da intervenção das autoridades no combate a este crime ambiental, mas são também prova que todos temos um papel fulcral nesta batalha, uma vez que ambas as apreensões resultaram de denúncias”, continua a SPEA.

Em Novembro, continua a associação, foi também feita uma apreensão – pela PSP – de quase uma centena de aves, que estavam a ser vendidas ilegalmente à margem de uma feira. As aves foram entregues no Parque Biológico de Gaia, que foram na sua maioria devolvidas à Natureza.

“Todos os anos são capturadas ilegalmente até 130.00 aves em Portugal”, refere Julieta Costa, assistente do Departamento de Conservação Terrestre da SPEA. “É necessário realizar mais acções de sensibilização e investir mais na fiscalização para que, todos os anos, centenas de milhares de aves deixem de ser vítimas de captura ilegal em Portugal.”

Fotos: RIAS/ALDEIA

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