“Gostemos ou não, por enquanto, a Terra é o único lugar onde podemos viver”



 

Quem nunca se maravilhou com um a beleza do pôr-do-sol, a imensidão dos glaciares, o infinito do céu, a diversidade do arco-íris, os encantos da natureza, a diversidade do reino animal e vegetal, a aventura dos montes e planícies, a tranquilidade dos rios e dos mares… Na verdade, somos uns privilegiados e nunca demos conta disso.

No dia 22 de Abril de 1970, foi criado, pelo senador norte-americano Gaylord Nelson o “Dia da Terra”, que foi reconhecido pela ONU em 2009, tendo sido instituído desde então este dia como o “Dia Internacional da Terra”.

Para assinalar e celebrar o “Dia Internacional da Terra”, a Quercus desenhou esta semana uma gravura de grandes dimensões na praia do Mindelo, na tela que é o areal desta praia, executada por um dos melhores artistas da Europa a trabalhar com este tipo de arte  sensibilizando para o problema da poluição marinha provocada pelo plástico.

A defender o nosso planeta há 32 anos, a organização Quercus tem vindo a “apelar à responsabilidade de preservar o nosso Planeta, desenvolvendo acções de sensibilização ambiental, promovendo campanhas de plantação de árvores autóctones e de recuperação de áreas florestais, alertando para a adopção de políticas mais sustentáveis e práticas que estimem o único lar que conhecemos”, lembra a associação em comunicado.

Ao longo destes anos, o Planeta Terra tem enfrentado vários problemas ambientais que nos têm preocupado, desde o abandono de resíduos sem controlo às alterações climáticas, da poluição do ar à destruição da camada do ozono, da seca à poluição dos rios e oceanos, da dependência de energias fósseis à perda de biodiversidade. E assim, afinal que futuro vamos deixar para as gerações mais jovens?

Nas últimas três décadas houve, por um lado, uma evolução positiva em matéria ambiental, com a criação de condições para a separação dos resíduos urbanos, a melhoria da qualidade da água fornecida para consumo humano, ou a introdução de critérios para controlar as emissões gasosas. Por outro lado, no entanto, verificou-se a degradação de algumas práticas ambientais, como o uso abusivo de produtos descartáveis em plástico, a opção pelo transporte individual em detrimento do transporte colectivo, a fraca aposta em energias renováveis com uma economia baseada nos combustíveis fósseis, factos que têm levado a que a humanidade tenha uma maior pegada ecológica cada vez maior – já são precisos na actualidade 1,5 Planetas para satisfazer as nossas necessidades actuais (alimentação, vestuário, mobilidade, uso de energia, produção de lixo, água para consumo).

“Todos nós somos afectados pelas consequências da poluição e das más práticas ambientais, sem excepção! Desde os cidadãos, empresas, governos, economias e a própria Natureza sofrem os impactes dos problemas ambientais globais como as alterações climáticas ou a poluição do mar por plásticos”, lembra a Quercus.

É sabido que as mudanças climáticas sempre existiram ao longo dos milhões de anos, o problema é que neste último século o ritmo entre as variações climáticas sofreu uma forte aceleração, com tendência para atingir proporções dramáticas caso não sejam tomadas medidas adequadas. As ondas de calor e as secas extremas têm sido fenómenos climáticos cada vez mais frequentes. As emissões de gases com efeito de estufa tende a aumentar, onde o CO2 (dióxido de carbono) surge como a principal fonte, proveniente da queima direta de combustíveis fósseis como o carbono, o petróleo e o gás utilizado para a produção de energia.

Relativamente à poluição do mar pelo plástico, estudos recentes sobre os impactes do plástico no meio marinho têm confirmado a morte por inanição de milhares de crias de aves marinhas no Pacífico que, por engano, são alimentadas pelos progenitores com resíduos de plásticos de pequenas dimensões que não se degradam no seu aparelho digestivo.

Desde a década de 50 já foram produzidos 9 bilhões de toneladas de plástico e apenas 9% dos seus resíduos de plástico acabaram reciclados. Por outro lado, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente refere que cerca de 8 milhões de toneladas de resíduos de plástico são lançados para os Oceanos cada ano, demorando entre 200 a 400 anos a desaparecer do meio natural. Por outro lado, os microplásticos (pequenas partículas de plástico), um ingrediente comum em muitos cosméticos e produtos de higiene pessoal (por exemplo: esfoliantes para cabelo, corpo e rosto, pastas e cremes dentais) como são demasiado pequenos para serem filtrados pela rede de esgotos acabam nos rios e mares, entrando na cadeia alimentar dos animais.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...