Governo escocês poupou €3,5 milhões e diminuiu emissões de CO2 ao reduzir viagens de avião



Em 2011, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, prometeu que viajaria sempre em classe económica, assim como os restantes elementos do Governo, de forma a reduzir as despesas do Executivo. Porém, não poderia o Governo português diminuir ainda mais as viagens de avião, não só para poupar no orçamento público mas para também reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2)?

Ora, foi o que fez o Governo da Escócia. Segundo o World Wide Fund for Nature da Escócia (WWF), o Executivo escocês poupou cerca de €3,5 milhões e reduziu as emissões de CO2 em 28% ao substituir as viagens dos seus membros, para reuniões presenciais, por videoconferências. Os dados indicam que os dirigentes escoceses realizaram menos três mil viagens por ano entre 2007 e 2012, diminuindo a distância viajada em 1,8 milhões de quilómetros.

Como resultado, os governantes evitaram a emissão de 650 toneladas de CO2, poupando €693,2 mil por ano, numa factura que ascende a cerca de €2,2 milhões. Em 2010, o WWF estimou que se os Governos do Reino Unido e as administrações das grandes empresas britânicas eliminassem os voos desnecessários poderiam poupar mais de €120,1 milhões e 59 mil toneladas de emissões de gases.

De acordo com o ministro escocês do ambiente e alterações climáticas, Paul Wheelhouse, o Governo investiu em novas tecnologias que permitiram que as reuniões ocorressem via videoconferência ou pelo telefone em vez de serem presenciais. “Esta é uma pequena parte da nossa estratégia ambiental para reduzir a nossa pegada ecológica, e atingimos o objectivo ao aumentar o uso da videoconferência para reuniões e ao encorajar a utilização de opções de viajem mais sustentáveis”, afirma o governante, citado pelo BusinessGreen.

Foto:  Senator Mark Warner / Creative Commons





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