Governo impede criação de zona protegida no Sado



O Estado ignorou as propostas que pediu a um grupo de biólogos sobre quais as zonas marinhas na costa portuguesa que deveriam ser integradas na Rede Natura 2000, a rede ecológica da União Europeia. O objetivo principal seria proteger os cetáceos, mas o estuário do Sado ficou de fora numa altura em que cresce a polémica em torno das dragagens que deverão ser efetuadas este mês naquela zona.

De acordo com a TSF, olhando para as zonas de proteção propostas e para o mapa das dragagens no Rio Sado, fica claro que o Sado ficou de fora da Rede Natura porque isso iria dificultar o plano de dragar o rio, com o objetivo de permitir a entrada a navios de grande porte no Porto de Setúbal.

Ambientalistas, grupos de cidadãos e pescadores estão contra as dragagens que, dizem, irá pôr em causa as praias da Arrábida e a presença da comunidade residente de golfinhos, única no país e que circula exatamente na área que vai ser dragada.

João Branco, da Quercus, vai mais longe: “Não é normal uma área protegida estar prevista e em consulta pública e de repente desaparecer. Há uma relação direta pois o Governo deixou cair esta área protegida para fazer as obras no Estuário do Sado sem contestação.”

Para este sábado dia 13 está marcada mais uma manifestação em Setúbal contra as dragagens.





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