Governo reduz meta de energias renováveis nos transportes



Em comunicado, a Zero critica a decisão do Governo de diminuir a inclusão de biocombustíveis nos transportes. Segundo a associação de defesa ambiental, foi aprovada na Assembleia da República uma proposta do Governo que visa reduzir a incorporação de energias renováveis, sobretudo biocombustíveis, nos transportes de 7,5% para 7%, sob o pretexto de reduzir o custo do gasóleo. No entanto, indica a Zero que esta proposta não cumpre o objetivo, uma vez que a redução de custo representa apenas um cêntimo de Euro por cada 10 litros, pelo que não traz vantagens económicas nem para as empresas, nem para os consumidores.

Na visão da Zero, esta proposta do Governo “é incompreensível, uma vez que a redução da incorporação de biocombustíveis vai permitir aumentar o consumo de combustíveis fósseis nos transportes, em contradição com o objetivo do acordo de Paris sobre as alterações climáticas e da política de descarbonização da economia que o Governo tem defendido”.

 

Portugal mais longe de objetivos Europeus para energias renováveis
Portugal fica assim mais longe de atingir a meta europeia de incorporação de energias renováveis nos transportes, atualmente de 10% a atingir em 2020. A redução da incorporação de biocombustíveis de 7,5% para 7% agora proposta pelo Governo, implica um aumento no consumo de 33 milhões de litros de combustíveis fósseis, o que representa um acréscimo de emissões de 60 mil toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera.

Com esta medida, o Governo também contradiz a sua aposta na economia circular como parte da estratégia para descarbonizar a economia, uma vez que recusa a possibilidade de se incorporar mais biodiesel no gasóleo rodoviário, recorrendo ao aproveitamento dos óleos alimentares usados.

A Zero indica que vai solicitar esclarecimentos aos grupos parlamentares que não apoiaram esta proposta e reiterar o pedido, ainda não atendido, de reunião sobre este assunto com o Secretário de Estado da Energia, João Galamba, e com o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.





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