Secretário de Estado destaca papel da reabilitação urbana na coesão económica e crescimento verde
“Temos vindo a apostar num conjunto de medidas que promovem a reabilitação urbana e o regresso das pessoas ao centro das cidades”, afirmou hoje de manhã Miguel Castro Neto, secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, durante a conferência do Green Project Awards (GPA) “Cidades para as pessoas”, que decorreu na Culturgest, em Lisboa.
O secretário defendeu que a reabilitação urbana deve ser “uma das prioridades”, com mais-valias no emprego e na coesão económica, e com relevância para o crescimento verde, pretendendo-se alocar 600 milhões de euros de fundos para o efeito.
“Nos fundos europeus [para o programa] Portugal 2020 estão previstas verbas para actividades de eficiência energética na habitação e reabilitação urbana que poderão totalizar cerca de 600 milhões de euros”.
Se há área em que temos a oportunidade de gerar emprego e actividade económica com benefícios na energia, no ambiente e na qualidade de vida das cidades é a área da reabilitação urbana, explicou o governante, acrescentando que é essencial olhar para a reabilitação urbana de forma mais inclusiva.
No que diz respeito à mobilidade urbana, Miguel Castro Neto referiu que “o modelo de mobilidade urbana assenta ainda muito no veículo privado”, caracterizando-o como dispendioso e stressante, e que os congestionamentos representam 2% do PIB.
O governante apontou os sistemas de utilização partilhada como uma solução de mobilidade do futuro. “Quer com a reabilitação urbana, quer com uma mobilidade mais ecológica caminhamos para cidades mais sustentáveis”, concluiu.
A Conferência do GPA “Cidades para as Pessoas” contou com o patrocínio da Renault e o apoio da Adene – Agência para a Energia, Brisa e Sociedade Ponto Verde.