Grande Barreira de Coral sofreu novo evento de branqueamento
A Autoridade do Parque Marinho da Grande Barreira de Coral (GBRMPA) anunciou, que o maior ecossistema de recifes de coral do mundo, sofreu um novo evento de branqueamento. Esta é a quarta vez que o fenómeno ocorre, num espaço de seis anos.
Após um levantamento aéreo sobre o Parque Marinho, para avaliar a saúde deste ecossistema, a equipa observou um branqueamento de corais em massa nas quatro áreas Far Northern, Cairns–Cooktown, Townsville–Whitsunday e Mackay–Capricorn. No entanto, a intensidade com que foram afetados não é igual para todos, e varia consoante a espécie de coral, a profundidade a que se encontram, as correntes e o nível de stress térmico a que estão expostos. Assim, a equipa revela que no Norte e Centro do Parque, o branqueamento é “maioritariamente severo”, sendo observada “alguma mortalidade”. Já no Sul, a intensidade é “menor”, sendo que alguns recifes nem mostraram “nenhum branqueamento visível”.
Os especialistas alertam, contudo, que os corais continuam vivos, e que “se as condições forem moderadas, os corais branqueados podem recuperar desse stress”.
“O facto de estarmos a ver um evento de branqueamento em massa num ano de La Niña [fenómeno em que arrefece a temperatura das águas superficiais do Oceano Pacífico Oriental e Central] é preocupante e um sinal claro da crescente intensidade das alterações climáticas e do aquecimento dos oceanos”, afirma o cientista Neal Cantin ao jornal The Guardian.
Com 344.400 quilómetros quadrados, a Grande Barreira de Coral abriga 3 mil recifes de coral, 600 tipos de corais e milhares de espécies de animais.