Grécia enfrenta “provavelmente” a mais longa onda de calor da sua história



A atual onda de calor na Grécia é “provavelmente” a mais longa já registada na sua história, disse este sábado um funcionário do Observatório Meteorológico Nacional.

“De acordo com os nossos dados, é provável que experimentemos uma onda de calor de 16 a 17 dias, o que nunca aconteceu antes no nosso país”, declarou Kostas Lagouvardos, diretor de pesquisa do Observatório Meteorológico Nacional, à televisão ERT, citado pela Agence France Press.

Na Grécia, nos últimos dias, muitos moradores foram retirados das áreas costeiras afetadas pela onda de calor, com temperaturas de 44 graus.

Cerca de 1.200 crianças tiveram de deixar os acampamentos de férias na segunda-feira devido à ameaça dos incêndios e dos ventos fortes perto de Loutraki, cerca de 80 km a oeste de Atenas.

De acordo com o serviço meteorológico nacional EMY, ao meio-dia desta sexta-feira, tinham sido registadas temperaturas de 41°C na Ática, na região de Atenas, e até 44°C na Tessália, no centro do país.

Na ilha de Eubeia, um homem de 46 anos morreu sexta-feira depois de ter dado entrada no hospital com uma “temperatura corporal de 40 graus”, e na sequência de uma paragem cardiorrespiratória por “exposição a temperaturas muito elevadas”, refere um comunicado do hospital de Chalkida.

O domingo deverá ser o pior dia de sempre, com temperaturas próximas dos 44°C em Atenas e dos 45°C em Tessália.

“Este fim de semana será provavelmente o mês de julho mais quente de que há registo nos últimos cinquenta anos”, afirmou o meteorologista Panagiotis Giannopoulos do canal público de televisão ERT.

No domingo e na segunda-feira, os ventos do norte, que podem atingir os 60 km/h, são igualmente suscetíveis de favorecer os incêndios, advertiu o especialista.

Todos os sítios arqueológicos do país, incluindo a Acrópole de Atenas, permanecerão encerrados durante a parte mais quente do dia até domingo, de acordo com o Ministério da Cultura.

O Ministério do Trabalho apelou, por seu turno, aos empregadores para que incentivem o teletrabalho, enquanto o Ministério da Saúde emitiu recomendações para evitar todas as deslocações desnecessárias a meio do dia.

Na capital grega, a temperatura recorde absoluta de 44,8°C foi registada em junho de 2007, de acordo com o Observatório Nacional de Atenas, enquanto o recorde absoluto na Grécia foi atingido em julho de 1977, com 48°C, em Elefsina, perto de Atenas.





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