Guimarães quer ser “Capital Verde Europeia” em 2025



A cidade de Guimarães acaba de formalizar a candidatura a Capital Verde Europeia 2025. Depois de ter apresentado uma primeira candidatura em 2017, alcançando o quinto lugar entre as 13 cidades concorrentes, o município continuou a reforçar a sua aposta no desenvolvimento sustentável do território, ao longo dos últimos anos, desenvolvendo projetos de elevado valor, revela em comunicado.

 

Agora, acrescenta, “voltou a submeter uma nova candidatura, demonstrando o seu percurso e as metas a atingir para sete indicadores de sustentabilidade: qualidade do ar, ruído, água, natureza, biodiversidade e uso sustentável do solo, resíduos e economia circular, alterações climáticas, mitigação e, ainda, adaptação”.

 

Ao longo da candidatura, Guimarães “volta a demonstrar a importância de um modelo de governança integrador e multidisciplinar – Ecossistema de Governança 2030 –, assente na aposta na investigação, envolvimento, educação e sensibilização ambiental, através do Laboratório da Paisagem, instituição que coordenou a presente candidatura”. A estrutura de redação da candidatura contou com técnicos do Município de Guimarães e entidades participadas, assim como especialistas nas diversas áreas em avaliação. 

 

Os compromissos de Guimarães para a neutralidade climática e para os zero resíduos, a aposta da educação ambiental através do PEGADAS ou os projetos estruturantes das Ecovias ou das bacias de retenção “são alguns dos muitos destaques desta candidatura, que junta o trabalho das diversas instituições do perímetro municipal, nomeadamente as que trabalham mais diretamente com as áreas em avaliação: Laboratório da Paisagem, Vimágua E.I.M. e Vitrus Ambiente”.

 

O presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança, destaca “o percurso de Guimarães na área ambiental”, sublinhando que “esta candidatura demonstra uma grande maturidade e deixa evidente o sucesso dos inúmeros projetos na transformação do território e do cidadão. Guimarães mostra que uma cidade patrimonial, histórica e cultural pode ser, também, uma cidade verde”. 

 

A mesma fonte refere que, através do Prémio Capital Verde Europeia (European Green Capital Award), a Comissão Europeia “reconhece os esforços locais para construir centros urbanos mais sustentáveis e, assim, melhorar a economia e qualidade de vida da população das cidades”. Todos os anos, a distinção é atribuída a uma cidade que se tenha destacado pelo facto de alcançar altos padrões ambientais, de forma consistente, e que aposte no estabelecimento de objetivos ambiciosos, no que diz respeito à sustentabilidade urbana e ao combate às alterações climáticas. “O facto de se posicionar como um modelo replicável e inspirador para as outras cidades na promoção de práticas sustentáveis é outros dos pontos avaliados no contexto da atribuição deste título”, sublinha.

 

O comunicado acrescenta que para a submissão de candidaturas ao título de Capital Verde Europeia são elegíveis apenas as cidades com mais de 100 mil habitantes dos Estados-Membros da União Europeia, dos países candidatos à União Europeia, da Islândia, do Lichtenstein, da Noruega e da Suíça. A shortlist com as cidades finalistas para o reconhecimento como Capital Verde Europeia 2025 será conhecida no próximo mês de junho. A cidade vencedora será anunciada em outubro. Guimarães encontra-se, agora, na corrida pelo título, podendo, em caso de vitória, tornar-se a segunda cidade portuguesa premiada, depois de Lisboa ter recebido o título em 2020.  





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