Guimarães tem uma pegada ecológica 3% inferior à média nacional
Foi hoje conhecida a Pegada Ecológica de Guimarães. Resultado: a cidade-berço tem uma pegada ecológica 3% mais baixa do que a média em Portugal. A iniciativa surge no âmbito do projecto Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses, um projecto coordenado pela Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável.
“Pegada Ecológica dos Municípios” resulta de uma colaboração entre a Zero e a Global Footprint Network e a Unidade de Investigação GOVCOPP da Universidade de Aveiro, que conta igualmente com a colaboração de investigadores da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e da Faculdade de Direito da Universidade do Porto.
O objectivo desta iniciativa é claro: potenciar o desempenho nacional no contexto das cidades para desafio global, e alargar os possíveis campos de aplicação desta ferramenta de avaliação e monitorização de sustentabilidade mundialmente reconhecida.
“Para serem resilientes e bem-sucedidos, os municípios precisam de encontrar formas de atuar e de proporcionar uma vida próspera aos seus cidadãos, dentro dos limites do planeta, e para isso é necessário informação quantificada capaz de influenciar as tomadas de decisões”, declara a Zero em comunicado.
E o que dizem os números sobre Guimarães? Em 2013, a pegada ecológica média de um residente em Guimarães era de 3,76 hectares globais (gha) per capita, isto é, em média cada residente de Guimarães precisou, em 2013, de 3,76 gha de área bioprodutiva para suportar o seu estilo de vida.
Um resultado, 3% mais baixo do que a média de um cidadão português (com uma pegada ecológica média de 3,87 gha per capita), mas 2,5 vezes maior do que a média da biocapacidade de Portugal (aproximadamente 1,52 gha).
Embora o valor de Guimarães seja inferior ao da média nacional, com estes níveis de consumo de recursos seriam necessários 2,2 Planetas Terra para suportar esta pegada, se toda a população mundial tivesse em média o mesmo valor desta pegada.
Foto: arbatax1917 / flickr