Guiné-Bissau aposta na biodiversidade para combater ameaças das alterações climáticas



A Guiné-Bissau propõe-se usar a riqueza da biodiversidade para combater as ameaças das alterações climáticas em que se destacam as inundações num país com 300 quilómetros de costa, anunciou ontem o Governo.

O executivo guineense tem um Plano Nacional de Adaptação às alterações climáticas para a próxima década, com um financiamento de dois milhões de dólares, que conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A primeira reunião do comité de pilotagem deste plano teve lugar hoje, em Bissau, com a presença do ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Cassamá, que explicou a estratégia do país para este desafio.

“Uma das bandeiras da Guiné-Bissau é a biodiversidade, é um país extremamente rico em termos de biodiversidade e vamos usar os recursos da biodiversidade, vamos usar os nossos recursos naturais para podermos planificar melhor a nossa adaptação, a médio e longo prazo”, disse.

De acordo com o governante, “a Guiné-Bissau é dos países mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas”, nomeadamente face à subida do nível das águas do mar, surgindo nos relatórios internacionais no segundo lugar.

“O país é extremamente plano, a cota máxima ronda os 200 metros da colina de Boé, é um país essencialmente costeiro, tem 300 quilómetros da linha de costa muita baixa, qualquer subida do nível médio das águas do mar, grande parte do nosso país inunda”, concretizou.

O país tem agora um plano a médio e longo prazo, à semelhança dos outros países que assinaram a convenção quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, e que vai “ajudar sobremaneira” a planificar a adaptação “com base nossa biodiversidade”, nos ecossistemas existentes, como indicou.

A representante do PNUD, Alessandra Casazza, afirmou que “é uma prioridade” do programa das Nações unidas “apoiar países como a Guiné-Bissau, nesta matéria.

Em particular, como frisou, “as comunidades mais pobres (que) estão muito vulneráveis às alterações climáticas, como por exemplo inundações, que estão a ter impacto na agricultura e na sustentabilidade” das próprias comunidades.





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