Gustave, o crocodilo que se tornou uma celebridade em África



Só de ouvirem o nome Gustave muitos habitantes que vivem nas margens do rio Ruzizi, no Burundi, tremem de medo. O animal é conhecido por matar humanos por “maldade”, de ser à prova de balas e de caçar animais de grande porte como hipopótamos. Alguns acreditam que o crocodilo é um “demónio”. Entre a realidade e a mitologia, certo é que Gustave ganhou fama ao redor do mundo e foi tema de um documentário (Capturing the Killer Croc), além de servir de inspiração para um filme de terror.

“Que se saiba, é o maior crocodilo africano, o único que vive tão perto de uma cidade e que, além disso, engoliu centenas de pessoas”, contou em 2010 ao jornal El Mundo o explorador francês Patrice Faye, que há quase 20 anos perseguia o animal que, por alguma razão desconhecida, resolveu baptizar de Gustave. “A princípio queria matá-lo. Depois pensei que seria melhor capturá-lo e estudá-lo porque é um espécime magnífico e único”, admitiu Faye, que chegou a reconhecer à BBC que Gustave era a sua verdadeira “alma gémea”.

“Nunca tive medo quando fui à procura dele. O que verdadeiramente é para mim aterrador é o dia em que ele decidir vir atrás de mim. Então, sim, terei motivos para me preocupar”, disse Faye. Para um documentário em 2004 construiu uma armadilha gigante: tinha dez metros de comprimento, dois metros de largura e outros tantos de altura. Não resultou.
Em 2006, um jornalista da National Geographic juntou-se a Faye para mais uma tentativa para capturar o réptil. “Encontrar um crocodilo entre milhares, mesmo um tão chamativo como Gustave, prometia ser tão confuso como encontrar Osama bin Laden”, escreveu Michael McRae. No final, acabou por deixar o Burundi sem ver Gustave.

Segundo especialistas da National Geographic, a última aparição de Gustave foi em fevereiro de 2008. A falta de relatórios posteriores torna o estado atual do crocodilo desconhecido.





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