Há empresas a recusar receber CVs. E a pedir exemplos de presença online dos candidatos.



O recrutamento de profissionais poderá estar a mudar de uma forma radical, de acordo com um artigo do Wall Street Journal, que dá vários exemplos de empresas que estão a recusar a recepção dos habituais curriculum vitae (CV).

Uma destas empresas é da Union Square, uma capital de risco nova-iorquina que colocou um anúncio de emprego para o cargo de analista de investimentos e pediu, aos interessados, links que demonstrem a sua presença online.

A empresa, que já investiu no Twitter, Foursquare ou Zynga, pediu ainda aos interessados o envio de um pequeno vídeo onde demonstrassem o interesse nessa determinada posição.

Segundo a Union Square, este processo avalia e analisa os candidatos mais bem preparados para a função, especialmente numa empresa tão ligada à internet e redes sociais. No futuro, essa táctica de contratação será replicada no recrutamento de outras funções. Ou seja, acabaram-se os CVs na Union Square.

Esta tendência não é novidade absoluta. Há já alguns anos que muitas empresas, informalmente, se socorrem das redes socais, sobretudo do LinkedIn, para procurar colaboradores. Mas, até agora, nunca tinham desistido dos clássicos CVs.

“Estamos mais interessados naquilo que as pessoas são, como é trabalhar com elas, o que elas pensam”, explicou ao WSJ Christina Cacioppo, sócia da Union Square Venture. Cacioppo que, de resto, bloga sobre as entrevistas de emprego no próprio site da empresa – e que foi contratada depois de compilar o seu perfil a partir do blog pessoal, twitter, LinkedIn, Delicious e Dopplr.

De acordo com John Fischer, fundador e dono da StickerGiant.com, empresa de marketing, os CVs não são a melhor forma de determinar se um potencial colaborador será um bom activo para a empresa. Por isso, utiliza uma pesquisa online para ajudar a escolher os interessados.

E o leitor, o que acha? O CV terá os dias contados, também em Portugal e Brasil, ou continuará a ser a principal ferramenta das empresas para escolherem os seus colaboradores? E para as propostas de emprego espontâneas, ainda farão sentido?

Leia o resto do artigo (em inglês).





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