Há mais mosquitos no Árctico e a culpa é do aquecimento global



Segundo um estudo publicado no Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, eles chegam também mais cedo e reproduzem-se de forma mais rápida. Segundo o estudo, esta nova realidade é uma má notícia para a população de renas da região – a maior fonte de alimentação dos mosquitos do Árctico – uma vez que aqueles podem mudar o seu comportamento para evitar serem mordidos. O que torna mais difícil o acto de encontrarem comida, sugerem os autores do estudo.

As temperaturas ambiente influenciam a forma como os mosquitos crescem e sobrevivem. Quando as temperaturas estão baixas, os insectos tornam-se inactivos e entram num estado de hibernação chamado diapausa. Mas eles sobrevivem em climas mais amenos – sobretudo a partir dos 26ºC, uma vez que o quente os leva a crescer mais rápido e torna-os maiores.

Assim, à medida que o clima fica mais quente, o Árctico torna-se perfeito para os mosquitos prosperarem. As temperaturas de regiões como o Oceano Árctico, Alaska, Gronelândia e partes da Rússia estão a aumentar o dobro que o resto do globo, e isso é uma excelente notícia. Para os mosquitos.

Segundo o estudo, esta mudança climática pode pôr em causa população de renas do Árctico. Os animais dão à luz na Primavera, o que coincide com a nova data de chegada dos mosquitos à região. Isto significa que os insectos procurarão sangue fresco à medida que as novas renas nascem. E os bebés são um alvo fácil, uma vez que são lentos e vulneráveis.

“Já ouvi falar de histórias horríveis sobre jovens renas que morreram de mordidas excessivas de mosquitos e [consequente] perda de sangue. Felizmente, nunca vi nada assim”, explicou uma das autoras do estudo Lauren Culler, investigadora do colégio Dartmouth.





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