Hamburgo: o primeiro edifício do mundo movido a algas
O primeiro edifício do mundo movido a algas está prestes a abrir em Hamburgo. Chamado de BIQ House, o projecto apresenta uma fachada com algas adaptativas que servirá de teste à produção de energia sustentável em áreas urbanas e estruturas auto-suficientes.
A empresa de design Arup trabalhou em conjunto com a alemã Strategic Science Consultants e a austríaca Splitterwerk Architects com o objectivo de desenvolver a BIQ House, a ser inaugurada como parte da International Building Exhibition de Hamburgo.
A Arup prevê que os edifícios se transformem radicalmente ao longo dos próximos 50 anos, devido à evolução que vai desde robots de manutenção a jacto, a quintas em arranha-céus e pintura fotovoltaica – todos projectos já em desenvolvimento.
Mas, em primeiro lugar, a Arup prevê um movimento no sentido de criar edifícios que respondam e se adaptem às condições à sua volta. “O prédio urbano do futuro promove esta qualidade inata, funcionando essencialmente como um organismo vivo – reagindo ao ambiente local e interagindo com os utilizadores no interior”, frisa a empresa. A BIQ House é o primeiro grande passo em direcção a essa visão.
A fachada foi projectada para que as algas cresçam mais depressa quando em contacto com a luz solar, fornecendo mais sombra para o interior. Os “bio reactores” não produzem somente biomassa que pode mais tarde ser recolhida – captam também o calor proveniente da luz solar, sendo que ambas as fontes de energia podem ser usadas para alimentar o edifício.
Isto significa que a fotossíntese dirige uma resposta dinâmica à quantidade de protecção solar necessária, enquanto as algas a crescerem nos vidros resultam numa fonte de energia renovável.
Segundo o Inhabitat, o sistema integrado à base de algas vai ser lançado de modo totalmente operacional numa inauguração a acontecer ainda este mês.