Horizonte 2020: concurso de 2014 permitiu financiar 20 projectos ambientais portugueses com €9,1 milhões



O último concurso para atribuição de fundos do Horizonte 2020, decorrido em 2014, permitiu financiar 20 projectos nacionais na área do ambiente com €9,1 milhões.

Cerca de 65% dos fundos atribuídos às iniciativas nacionais estão concentrados em universidades e centros de investigação. Outros 10% dos fundos foram atribuídos a pequenas e médias empresas e o restante dinheiro atribuído ao Projecto BINGO – Bringing INnovation to onGOing Water Management – A better control of our future under climate change. Este projecto trata-se de um consórcio liderado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil e representa a primeira liderança portuguesa no Horizonte 2020 – Desafio Societal 5 – Acção Climática.

Entre os projectos nacionais contemplados com financiamento, cinco são da área da água, cinco das matérias-primas, cinco dos recursos naturais, dois dos resíduos, um da observação da Terra e outro destinado a uma categoria que não se engloba em nenhuma das temáticas.

Os dados foram apresentados esta terça-feira por Anabela Carvalho, do Gabinete de Promoção do Programa Quadro de I&DT da Fundação para a Ciência e Tecnologia, durante a conferência “Financiamento Comunitário”, inserida na Green Business Week, que decorre em Lisboa.

No total, o Horizonte 2020 dispõe de um orçamento de €3,08 mil milhões para o período 2014-2020 para financiar projectos e iniciativas de Acção Climática, Ambiente, Eficiência de Recursos e Matérias-Primas. Estes projectos devem visar objectivos como o combate e adaptação às alterações climáticas; protecção do ambiente, gestão sustentável dos recursos naturais, água , biodiversidade e ecossistemas; garantir o abastecimento sustentável de matérias-primas não energéticas e não-agrícolas: viabilizar a transição para uma sociedade e economia verde através da eco inovação; desenvolver sistemas de observação e informação globais abrangentes e sustentados e património cultural.

O Horizonte 2020 conta, nas várias áreas de intervenção, com um orçamento global superior a €77 mil milhões para o período 2014-2020, constituindo-se como o maior instrumento comunitário especificamente orientado para o apoio à investigação, inovação e demonstração. O apoio financeiro é concedido com base em concursos e avaliação das propostas submetidas. Actualmente, o Horizonte 2020 assenta em três pilares programáticos: Excelência Científica (com cerca de 32% do orçamento total); Liderança Industrial (corresponde a cerca de 22% do orçamento total) e Desafios Societais – onde se insere a área ambiental – (com cerca de 39% do orçamento total).

Cerca de 2% do orçamento total do programa-quadro destinam-se a financiar, em parte, o Joint Research Center da Comissão Europeia e os restantes 6% do orçamento são aplicados em outros instrumentos que transcendem os três pilares. Porém, independentemente das temáticas dos três pilares, 60% do financiamento do programa tem de estar alocado em projectos que de alguma forma visem o desenvolvimento sustentável e 35% do orçamento em projectos relacionados com o clima e alterações climáticas.

Para as propostas de financiamento a apresentar no próximo concurso bianual de 2016-2017, a Comissão Europeia vai privilegiar temas ambientais como a economia circular; smartcities com soluções baseadas na natureza; serviços climáticos; fornecimento sustentável de matérias-primas; observação a Terra e património cultural.

Foto: kleykoeln / Creative Commons

 





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