Ilha na Polinésia Francesa abriga um “tesouro” do reino fúngico



A ilha Moorea na Polinésia Francesa abriga um verdadeiro abriga “tesouro” do reino fúngico, segundo revelam os investigadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, num novo estudo. A investigação decorreu no âmbito do Projeto “Mo’orea Biocode”.

A equipa analisou durante vários meses a biodiversidade de macrofungos – fungos que produzem corpos frutíferos visíveis -, e descobriu que existem em grande variedade. Foram observadas mais de 500 espécies distintas, muitas ainda novas para a comunidade científica. As espécies Phallus duplicatus, Coprinellus disseminatus são algumas das observadas.

As espécies foram todas fotografadas, analisadas e preparadas para serem guardadas no Herbário da Universidade.

“É como um tesouro. É um território verdadeiramente inexplorado na biologia evolutiva e biodiversidade do reino fúngico, e esta foi uma das primeiras tentativas de gerar informações básicas sobre a diversidade fúngica, não apenas para Moorea, mas para toda a vasta região da Oceania Insular.”, afirma Matteo Garbelotto, principal autor do estudo.

Por outro lado, a origem das espécies também despertou a curiosidade do grupo. Como conta Todd Osmundson, outro autor do artigo, “Moorea é uma ilha no meio do oceano, e é uma ilha vulcânica geologicamente jovem. Nunca tocou noutro pedaço de terra. Como é que os fungos chegaram lá e de onde é que vieram?”.

Ao analisar o ADN e comparar ao de outros fungos, os cientistas ficaram a saber que a maioria, ou os seus ancestrais, tiveram origem em outras ilhas do Pacífico Sul ou da Austrália, tendo sido transportados pelo vento. Outra hipótese era a de que tivessem sido trazidos pelo Homem.

“Os fungos são partes realmente importantes dos ecossistemas. Eles atuam como decompositores primários e, em alguns casos, como patógenos que decompõem a matéria orgânica em decomposição e reciclam os nutrientes de maneira a que outros organismos os possam usar. Eles também são muito importantes como simbiontes. Eles vivem com outros organismos e beneficiam-nos em troca de outras coisas.”, explica Todd Osmundson.

 





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