Imigrante portuguesa lança projecto para ajudar crianças do maior bairro de lata de África (com FOTOS)



Natalia Jidovanu é Moldava e vive em Portugal há 12 anos. No último ano, resolveu deixar o seu emprego como psicóloga, em Lisboa, ir viver para África e ajudar quem mais necessita. Agora, Natalia lançou um projecto fotográfico de crowdfunding – My First Camera – através do qual pretende ajudar as crianças de Kibera, o maior bairro de lata de África.

O objectivo do projecto é oferecer câmaras fotográficas, formação em fotografia e narrativas fotográficas às crianças de Kibera, proporcionando-lhes assim uma oportunidade artística e educacional. Estas serão as primeiras câmaras das crianças de Kibera e Natalia espera que possam ser uma arma que lhes dê voz no mundo. No final, será feita uma selecção das fotografias tiradas pelas crianças, que serão editadas em livro e expostas em galerias, como forma de alertar para os direitos das crianças de Kibera.

Kibera é um bairro de lata nos subúrbios da capital do Quénia, Nairobi, que alberga cerca de um milhão de pessoas. Os residentes sobrevivem com menos de €0,73 por dia e travam uma luta diária para satisfazer as suas necessidades básicas. Comem apenas uma refeição por dia, não têm trabalho e não têm rendimentos nem dinheiro para pagar rendas ou assistência médica. A água potável é escassa, não há electricidade, saneamento, iluminação pública nem estradas.

“Viver em África tem sido uma jornada intensa e cheia de imprevistos, onde sou constantemente inspirada por pessoas. Entrar em Kibera pela primeira vez foi uma das experiências mais emocionalmente desafiadoras que já tive”, conta Natalia.

“Acredito que a fotografia pode abrir uma porta para os sonhos. Criar arte aumenta a capacidade destas crianças interagirem com o mundo à sua volta e vai dar-lhes novas ferramentas para a auto-expressão e comunicação, tornando-as mais criativas e confiantes. Ao passo que o projecto vai proporcionar uma visão única do que é Kibera, para as crianças vai ser uma experiência desafiante e uma oportunidade de valor para se expressarem através das lentes sobre os seus próprios direitos, medos e desigualdade social”, afirma Natália.

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