Incêndios: 2017 está a ser o pior ano da última década



A “época oficial de incêndios” ainda não terminou, mas 2017 fica já para a história como o pior, em área ardida, da última década. Mais de 213 mil hectares foram consumidos pelas chamas nos primeiros oito meses de 2017, valor mais elevado dos últimos dez anos.

Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entre 1 de Janeiro e 31 de Agosto houve 12.377 ocorrências (2.652 incêndios florestais e 9725 fogachos), o que se traduz em 213.986 hectares de área ardida de espaços florestais.

Castelo Branco surge como o distrito com maior área ardida, com 37.234 hectares de terra queimada. Santarém ocupa o segundo lugar da lista agora apresentada pelo ICNF com 35.937 hectares, seguida de Coimbra que tem a lamentar 25.593 hectares de área ardida. Já em termos de ocorrências, o distrito com maior número é o Porto (2.969), seguido de Braga (1.333) e Viseu (1.203).

Consequência das condições meteorológicas adversas, favoráveis à propagação de incêndios florestais, desde o início do ano a Autoridade Nacional de Protecção Civil decretou 66 dias de alerta especial de nível amarelo ou superior do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

Olhando para os dados em termos mensais é possível verificar que só no mês de Agosto registaram-se 3.921 ocorrências. Agosto lidera igualmente a tabela no que diz respeito à área ardida, com 81.313 hectares de terra queimada, cerca de 38% da área ardida total até à data.

De lembrar que no passado mês de Julho Portugal encontrava-se em situação de seca severa e extrema, situação que afectava 79% do território nacional. Os dados agora divulgados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera mostram ligeiras melhorias nestes índices, com um leve desagravamento da seca severa (passou de 72,3% para 69,6%) e um pequeno agravamento na seca extrema.  

Foto: Sara Matos / via Creative Commons 





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