Investigadora denuncia: “Falta em Portugal literacia ambiental cívica de base”



Investigadora principal do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Luísa Schmidt refere em entrevista que “as políticas do ambiente em Portugal têm dificuldades crónicas”. Em jeito de balanço, aponta como um dos problemas nacionais a “falta de literacia ambiental cívica de base”.

Em entrevista ao jornal Expresso, Luísa Schmidt, uma das vozes mais activas na defesa das causas ambientais, identifica como um dos problemas crónicos das nossas políticas ambientais “a descontinuidade e dependência de quem está à frente do ministério”.

Esta circunstância leva à falta de “persistência relativamente a algumas questões que deviam ser uma espécie de pactos de regime, como a conservação a Natureza”. Esta descontinuidade “não permite uma consistência das políticas”, diz.

Apesar da muita influência externa nas políticas ambientais, que nos chegam através de directivas que somos obrigados a adoptar, a nossa falta de cultura ambiental leva muitas vezes a que essas leis acabem “por não ser regulamentadas, ou só o são dez anos mais tarde”, lamenta a investigadora.

Luísa Schmidt salienta, porém, que as pessoas hoje estão mais sensíveis às questões ambientais porque agora relacionam-nas “com a sua qualidade de vida”. A situação está a mudar “devido às alterações climáticas”, diz. “Não há hoje ministério nenhum que não tenha de levar isso em conta”, frisa.

Foto: via Creative Commons 





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