Investigadores descobrem como retirar amónia das águas residuais



Um grupo de investigadores desenvolveu um catalisador que consegue extrair amónia quase a 100% da água. Este composto químico, presente principalmente na agricultura, encontra-se muitas vezes em águas residuais industriais e águas subterrâneas poluídas, e é uma grande ameaça para os ecossistemas e para o planeta.

A nova solução combina átomos de ruténio com cobre para extrair o amoníaco e os fertilizantes da água. Após este tratamento, os teores de nitrogénio são reduzidos a níveis próprios para consumo, conforme definido pela Organização Mundial da Saúde.

“Realizámos um processo completo de desnitrificação da água. Com um maior tratamento da água em outros contaminantes, conseguimos transformar potencialmente as águas residuais industriais em água potável”, refere Feng-Yang Chen, um dos autores do estudo.

Por ano, são produzidas mais de 170 milhões de toneladas de amónia. As emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes desta produção industrial correspondem a 1,4% das emissões do mundo. A equipa indica que, com este tratamento, será possível ver uma grande redução das emissões.

“Apesar de percebermos que a conversão de resíduos de nitrato em amónia pode não ser capaz de substituir totalmente a indústria de amónia existente a curto prazo, acreditamos que este processo pode trazer contribuições significativas para a produção descentralizada de amónia, especialmente em locais com altas fontes de nitrato”, explica o engenheiro biomolecular Haotian Wang.

O artigo foi desenvolvido por cientistas da Universidade de Rice, da Universidade Estatal do Arizona e do Laboratório Nacional do Pacífico Noroeste e foi publicado na revista Nature Nanotechnology.





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