Investigadores portugueses descreveram cinco novas espécies de poliquetas



Uma equipa internacional de investigadores, composta por profissionais do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar e do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, da Universidade do Minho e da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, fez uma descoberta sobre espécies da Eumida sanguinea.

Através de técnicas moleculares, comparando dados de ADN, a forma, a cor, os padrões de pigmentação e a distribuição geográfica, descobriram que não se tratava de uma, mas sim de um complexo de nove espécies diferentes. Foram analisados 148 espécimes da zona do Atlântico Nordeste.

A equipa teve a oportunidade de descrever cinco novas espécies de poliquetas – E. schanderi sp. novembro, E. fenwicki sp. novembro, E. fauchaldi sp. novembro , E. langenecki sp. novembro e E. pleijeli sp. novembro – “estando as restantes a aguardar colheita de mais exemplares para um estudo mais aprofundado”, segundo relata a Universidade de Aveiro.

“Na verdade, este foi só o primeiro ‘complexo de espécies’ de entre quatro que estamos a estudar. Certamente existirão mais casos por identificar”, afirma a investigadora Ascensão Ravara, do CESAM, em comunicado. Como explica, antigamente “a descrição das espécies baseava-se unicamente nas características externas dos organismos”, mas atualmente, “as técnicas moleculares – com obtenção de sequências de DNA – permitem-nos caracterizar e comparar os organismos também ao nível genético. São duas ferramentas [morfologia e genética] que se complementam e nos ajudam a conhecer melhor o mundo que nos rodeia”.

O estudo foi publicado na Oxford Academic.





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