Investigadores transformam cascas de ananás em corante têxtil sustentável



Uma equipa internacional de investigadores desenvolveu um método para tingir tecidos utilizando cascas de ananás descartadas — uma solução que, segundo os autores, pode reduzir o desperdício alimentar e oferecer uma alternativa mais sustentável aos corantes sintéticos.

O estudo, publicado na revista Royal Society Open Science, avaliou várias formas de extrair pigmento das cascas, um subproduto abundante da indústria de processamento de fruta. Os investigadores concluíram que a extração em meio alcalino permite obter um pó de corante com elevada concentração de pigmento, estável a altas temperaturas e fácil de aplicar.

Quando utilizado em algodão, o corante demonstrou não só uma coloração intensa, mas também maior resistência e durabilidade, sobretudo quando combinado com mordentes de baixa toxicidade ou com tratamentos de cationização — processos compatíveis com práticas ecológicas na indústria têxtil.

Além de reduzir a dependência de corantes sintéticos, frequentemente associados a impactos ambientais elevados, esta solução aproveita resíduos agrícolas e contribui para modelos de economia circular. Os autores defendem que o método tem potencial para ser escalado e adotado comercialmente, representando um avanço concreto rumo a práticas de tingimento mais verdes e sustentáveis.






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