Isabel Jonet: “Há pessoas que estão sempre online, mas que realmente estão completamente sós”



Foi com esta frase quase chocante que Isabel Jonet concluiu o seu discurso na última quarta-feira, durante a sessão de apresentação dos Green Project Awards 2011.

Jonet, que queria assim alertar para a necessidade e importância do voluntariado, por exemplo, no combate à solidão, não descansou enquanto não passou a sua mensagem de tentar levar a ajuda ao próximo a um outro público, mais jovem.

É este, de resto, o objectivo do Volunteerbook, projecto que a responsável apresentou durante esta sessão e que é uma mistura de rede social – aliás, está alojado dentro de uma, o Facebook – e a bolsa do voluntariado.

“O Volunteerbook pretende promover a cultura do voluntariado, sobretudo do voluntariado jovem”, explicou a presidente da Entrajuda.

A Bolsa do Voluntariado, segundo Jonet, conseguiu já a inscrição de 15 mil cidadãos, mas era crítico que se chegasse mais longe, apelando ao voluntariado como cultura de cidadania.

“Tínhamos de ir para os sites onde estão os possíveis voluntários, ou seja, as redes sociais e o Facebook”, revelou Jonet.

Outro dos objectivos do Volunteerbook é chegar às empresas. “O Volunteerbook pretende também fazer a ponte com o mercado empresarial, criando páginas para empresas, que podem assim mostrar o que fazem no campo do voluntariado”, explicou.

A Caixa Geral de Depósitos, anfitriã dos Green Project Awards, é uma das empresas que já marca presença na rede social, que conta também com a parceria do Instituto Português da Juventude (IPJ) e do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este último, tem como objectivo futuro a segmentação da oferta do voluntariado.

“No Volunteerbook há instituições que procuram ajuda para acções concretas. O voluntariado é também a cultura, o desporto e o ambiente”, revelou a presidente da Entrajuda.

Consulte aqui o Volunteerbook e também a bolsa do voluntariado, que liga os voluntários às instituições de solidariedade.

“A Bolsa do Voluntariado veio potenciar um mercado virtual de voluntariado, dinamizar o encontro de necessidades e vontade”, explicou Jonet. O Volunteerbook, por isso, pode considerar-se um upgrade desta bolsa de ajuda virtual.

Um upgrade que, de resto, é constante na vida de Isabel Jonet, desde que a responsável entendeu “que o Banco Alimentar, por si só, não era sustentável”, por isso fundou a Entrajuda. Ou, ainda, quando lançou a Bolsa do Voluntariado.

E, depois de todo este trabalho, ficam os números. “O Banco Alimentar contra a Fome de Lisboa alimentou, no ano passado, 280 mil pessoas”, concluiu a responsável. Um número ainda mais impressionante porque ficou acima das recolhas dos congéneres europeus – acrescentamos nós.





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