Israel: arqueólogos descobrem armadilha de leopardo com 5.000 anos



Pode assemelhar-se apenas a um monte de rochas empilhadas no meio de um deserto inóspito em Israel, mas os arqueólogos descobriram que esta estrutura primitiva é, na verdade, uma armadilha com 5.000 anos usada para capturar leopardos.

Pensou-se originalmente que a armadilha era muito mais recente, mas a revelação da sua verdadeira idade sugere que os agricultores da região eram muito mais avançados do que se pensava inicialmente.

A armadilha foi encontrada no deserto de Negev, no sul do país, por investigadores do Serviço Geológico de Israel. Não estava longe de outro aglomerado de pedras semelhante, com pouco mais de 1.600 anos de idade, o que levou os cientistas a acreditar que tivesse a mesma idade.

Contudo, um teste sofisticado capaz de datar materiais com base na quantidade de radiação residual que eles absorveram ao longo de milhares de anos mostrou que estas lajes estavam no lugar cerca de 2.000 anos antes da fundação de Roma.

Pelo menos 50 armadilhas semelhantes foram encontradas na região de Negev, mas esta é a primeira a sugerir a idade extrema deste tipo de construção, que é tão antiga como as primeiras civilizações agrícolas do mundo.

“O mais interessante é a antiguidade destas armadilhas de carnívoros, que é totalmente inesperada”, frisou Naomi Porta, co-autora de um estudo sobre as armadilhas. “Elas parecem-se com uma pilha de pedras, é precisa um bom olhar e também algumas escavações em redor para perceber o que é.”

Segundo a investigadora, citada pelo Live Science, quando o animal entrasse na estrutura e puxasse o isco, uma corda ligada a uma laje fechá-la-ia, de modo que o felino ficava preso dentro da armadilha.

Embora seja referida como uma armadilha de leopardos, a estrutura também podia ser usada para capturar raposas, lobos ou hienas. Crê-se que terá sido um método essencial para os agricultores antigos conseguirem manter os predadores longe dos seus rebanhos, e que prova que há muito que os animais têm razões de queixa do ser humano.





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