Itália: regiões com poucos habitantes vendem casas por €1 (com FOTOS)



Várias casas de três regiões italianas quase abandonadas estão à venda por €1 – um preço inferior ao de um “espresso”. Segundo o Daily Mail, quem investir em cada uma das dezenas de casas terá de guardar €25.000 para as renovar. Anda assim, avança o jornal, esta é uma excelente aposta para quem gostar do ar da montanha.

Situadas em Gangi, na Sicília, Carrega Ligure (Piemonte) e Lecce nei Marsi (Abruzzi), muitas das casas estão, inclusive, em risco de desabar, se não forem renovadas. A localização de cada aldeia é fantástica para quem gosta da vida do campo, mas não deve esperar palácios renascentistas: são casa que foram abandonadas há muito.

Todas as aldeias serão em breve lugares fantasma, dizimados pelos desastres naturais e falta de emprego. O autarca de Gangi, na Sicília, está tão desesperado em salvar a sua aldeia que até oferece casas de borla.

Estas casas, denominadas, pagliarole, são edifícios em pedra de dois andares, com 300 metros quadrados e que foram construídos no século XIX – em baixo viviam os animais, em cima a família.

Apesar da sua longa história que data de há 900 anos, Gangi está em risco de desaparecer. “Desde o início do século XX que mais de 9.000 pessoas emigraram para a Argentina”, explicou o mayor da aldeia, Giuseppe Ferrarello. “Quero repovoá-la e vou fazê-lo, custe o que custar”.

Na região de Carrega Ligure, as casas espalham-se em cinco vales de 11 montanhas, a cerca de 1.600 metros de altura. A aldeia data do século XXI e prosperou na idade média, como rota comercial e casa de monges e eremitas. Uma das aldeias é Reneuzzi, que se encontra desabitada desde os anos 70, depois de os seus habitantes se fartarem dos Invernos rigorosos e condições de vida difíceis. “Aqui encontram paz, vistas deslumbrantes e zero de poluição”, explica o autarca, Guido Gozzano.

Lecce nei Marsi, por seu lado, fica no meio da floresta e foi terra de agricultores, mineiros e até de bandidos. Quando um sismo assolou a região, em 1915, muitos fugiram, ditando o início do fim. “Quero evitar que o centro histórico caia. Não há fundos públicos para manutenção e gostaria que os casais jovens regressassem”, confessou o autarca, Gianluxa de Angelis. Lecce Nei Marsi faz parte do Parque Natural de Abruzzi e encontra-se rodeada de uma floresta com 600 anos, que poderá em breve ser Património Mundial da Humanidade.

[nggallery id=1826 template=greensavers]





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...