Japão enfrenta forte decréscimo populacional



A regeneração populacional do Japão está a diminuir a um ritmo recorde, já que o número de nascimentos é inferior ao número de mortes. Em 2013, o país perdeu 244 mil habitantes. Se a tendência continuar, o Japão poderá perder um terço da população durante os próximos 50 anos, o que pode ter um impacto negativo na economia e no mercado de trabalho.

Tal significa que 40% dos japoneses terá mais de 65 anos em 2060. Em 2013, nasceram menos seis mil bebés que no ano anterior, refere o Quartz. Porém, o envelhecimento populacional não é um problema exclusivo do Japão: segundo um relatório da ONU, 48% da população mundial habita em países onde a taxa de natalidade não é suficiente para manter a população. Toda a Europa, com excepção da Islândia, os BRIC (Brasil, Rússia e China – com excepção da Índia) e ainda algumas das economias emergentes não têm uma taxa de natalidade suficiente.

Os números relativos a Portugal também não são animadores. Segundo os últimos dados divulgados pelo Eurostat, Portugal é segundo país a taxa de natalidade mais baixa da União Europeia. Pior só a Alemanha. Os valores (última actualização) são referentes à população da UE a 1 de Janeiro de 2013. Segundo os dados, a taxa de natalidade em Portugal durante 2012 foi de 8,5 por mil habitantes. No total, o país perdeu 55 mil habitantes, dado que o número de mortes superou os nascimentos e o número de emigrantes que deixou o país foi superior às entradas.

Um outro relatório, apresentado em Novembro durante uma conferência do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida dá conta que Portugal é o sexto país mais envelhecido do mundo.

Uma excepção a esta tendência demográfica são os Estados Unidos, que apesar de ter uma taxa de natalidade baixa atrai mais de um milhão de imigrantes por ano. Desta forma, a maior economia mundial é um dos oito países cuja população deverá ser responsável por metade do crescimento da população mundial entre 2013 e 2100. Os outros sete países são a Nigéria, a Índia, Tanzânia, Congo, Uganda, Etiópia e Níger.

Foto:  Chi King / Creative Commons





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