Japão suspendeu “por agora” a caça à baleia
O Japão suspendeu finalmente a caça à baleia no Antárctico, depois de uma intensa pressão por parte do grupo activista Sea Shepherd, que tem perseguido os navios da frota baleeira japonesa, para os impedir de pescar, e dos países latino-americanos que pertencem à Comissão Baleeira Internacional.
À Reuters, um responsável da agência nipónica que tutela o sector das pescas justificou esta suspensão, “por agora»” como uma medida de segurança.
Segundo noticiaram ontem, durante todo o dia, os media, a Sea Shepherd terá bloqueado a rampa de carregamento de um dos navios, de forma a impedir que qualquer cetáceo que seja arpoado possa entrar na embarcação.
A organização adiantou entretanto que os baleeiros japoneses deixaram a zona da Antárctida nos últimos dias, dirigindo-se para a costa meridional sul-americana.
“Se isso for verdade demonstra que as nossas tácticas, as nossas estratégias, foram bem sucedidas”, disse à AFP o capitão Paul Watson, responsável pela organização.
A frota baleeira japonesa é composta por quatro navios, com uma tripulação total de 180 pessoas. O objectivo é caçar até 945 cetáceos durante a época de caça, que se realiza durante o Inverno.
Este ano, porém, os navios japoneses não terão caçado “mais de 30 baleias” até agora, de acordo com Paul Watson.
A pesca à baleia foi proibida em 1986, mas o Japão tem contornado esta norma alegando que caça apenas para fins científico, uma vez que é possível comer este tipo de carne em território nipónico.
Para além do Japão, também a Islândia e a Noruega ignoraram esta proibição que já tem 25 anos e continuam a pescar estes cetáceos.