Japão: Triumph recicla soutiens velhos… e transforma-os em combustível



Deitar fora um soutien pode ser difícil – e reciclá-lo, explica-nos a Triumph japonesa, é quase impossível. Por isso, a marca encontrou uma nova solução para os soutiens usados: transformá-los em combustível.

Segundo a Japan Times, a Triumph está a oferecer, às suas consumidores, um saco de plástico para estas levarem os seus soutiens usados de volta para as lojas – todos os soutiens, de todas as marcas.

Então, estes são reciclados e transformados em combustíveis sólidos para utilização industrial. O que ajuda a melhorar a reputação das marcas – como a Triumph – como empresa ambientalmente responsável, e é uma oportunidade para as japonesas livrarem-se de o incómodo de deitarem fora um produto susceptível de causar embaraços.

É que, de acordo com um estudo de 2004, 61% das japonesas hesitam em deitar o seu soutien fora, uma vez que vários municípios obrigam os seus cidadãos a colocarem no lixo sacos transparentes.

Os soutiens são um dos produtos mais difíceis de reciclar: não são atractivos para vender em segunda mão e são feitos a partir de uma mistura de tecidos e fios que é, de acordo com os especialistas ouvidos pelo Japan Times, impossível de reaproveitar.

Assim, o desenvolvimento de um novo combustível, o RPF, parece uma boa solução. Depois de removidos os metais do soutien, as restantes partes são transformadas numa solução que junta resíduos de papel e plástico, incluindo fibras, no tal RPF. Depois, este combustível é utilizado para a indústria.

O combustível RPF contém menos impurezas e menos água que, por exemplo, o combustível feito a partir do lixo doméstico. E liberta menos toxinas quando é incinerado.

Desde 2009, a Triumph Japão já recolheu mais de 200 mil soutiens, que se transformaram em 14 toneladas de combustível RPF. A rival Wacoal, por outro lado, revelou ter recolhido 179.200 soutiens, ou seja, 17.9 toneladas de combustível.

A ideia vai agora ser exportada para outros países. Chegará a Portugal, Brasil ou Angola, certamente. Mas quando?





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