Lisboa acorda com painéis publicitários falsos da Galp. Ativistas ambientais solidários com a campanha



Hoje é dia 1 de abril, também conhecido por dia das mentiras, e os ativistas ambientais decidiram manifestar-se com uma campanha contra a Galp.

Foram distribuídos vários cartazes em painéis publicitários espalhados pela cidade de Lisboa, no âmbito da ação inserida na campanha internacional #CleanGasIsADirtyLie. Presente em 10 países por toda a Europa, este movimento pretende “ajudar a indústria do gás fóssil a finalmente dizer a verdade sobre o gás “natural”.”

“O nosso futuro é CO2lonialismo” e “mais lucro, menos pessoas” são as frases que se podem encontrar esta manhã nos painéis publicitários falsos, que denunciam o papel da empresa em Cabo Delgado e o fecho da Refinaria de Matosinhos, que originou vários despedimentos e distribuição de lucros.

Os coletivos da Climáximo e da Justiça Ambiental (Moçambique) já se mostraram solidários com esta ação, justificando que “se a Galp fosse tão sustentável como se diz, teria um compromisso já firmado há anos em relação a uma produção 100% renovável, garantiria emprego a todas as pessoas afectadas por essa transição, requalificando-as para a produção renovável, e indemnizaria todas as comunidades que afectou diretamente ao longo das seus várias décadas de danos causados”.

Os ativistas defendem ainda que uma “transição justa descolonial” na Galp implicaria “a saída imediata de Cabo Delgado, o seu controlo público e desmantelamento planeado, através de uma gestão democrática que envolva os trabalhadores, as comunidades afectadas pela transição e as comunidades afectadas pela crise climática e que prioritize o bem-estar e crescimento das pessoas e dos ecossistemas, em detrimento dos lucros da empresa e crescimento económico”.





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