Juvenil de abutre-preto é hoje libertado no Parque Natural do Tejo Internacional



A Quercus e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas vão proceder à libertação no Parque Natural do Tejo Internacional de um juvenil de Abutre-preto. A ação conjunta realiza-se às 15 horas.

O juvenil de abutre-preto foi recuperado no Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens, estrutura do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) gerida pela Quercus.

A ação de libertação deste juvenil de Abutre-preto (Aegypius monachus), está integrada no Projeto de Restauro e Prevenção Estrutural do Parque Natural do Tejo Internacional, e será realizada na área da Cubeira, Freguesia de Rosmaninhal, Concelho de Idanha-a-Nova.

O Abutre-preto que agora vai ser devolvido à liberdade foi encontrado este verão nas ruas da aldeia da Orca. Foi entregue no CERAS – Quercus/IPCB pela equipa do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana do Fundão. Na altura, encontrava-se magro, desidratado e com uma infeção fúngica oportunista, que se desenvolve com alguma frequência em juvenis debilitados.

Todavia, a Quercus indica que depois de um maneio nutricional adequado e tratamento especializado, o juvenil recuperou rapidamente a condição corporal. Mais tarde juntou-se ao Abutre-preto irrecuperável residente no CERAS – Quercus/IPCB e às outras duas crias de Abutre-preto, provenientes de ninhos do Parque Natural do Tejo Internacional, que também cresceram durante os primeiros meses de vida neste centro de recuperação e que já foram, entretanto, libertadas.

A ave será libertada numa zona do Parque Natural do Tejo Internacional onde têm sido avistados juvenis e adultos desta espécie. Além de uma anilha metálica e de marcas alares, conta também com transmissor GPS que permitirá o seguimento da ave.

O Abutre-preto é uma ave de rapina de grandes dimensões e a maior ave voadora da Europa. É gregária e esteve extinta como reprodutor em Portugal durante 40 anos, até alguns casais voltarem a nidificar na região do Tejo Internacional em 2010. Apesar da importância ecológica desta espécie necrófaga, são várias as ameaças que enfrenta, como o envenenamento, a colisão e eletrocussão em linhas elétricas, a redução da disponibilidade alimentar, a alteração do habitat e a ingestão de carcaças com resíduos de medicamentos, entre outras. O seu estatuto de conservação no nosso país é de Criticamente em Perigo, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.





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