Larvas da farinha podem comer microplásticos, mas são lentas



A poluição por plásticos tornou-se um dos maiores problemas ambientais que o mundo enfrenta atualmente. As caraterísticas que tornam este produto tão versátil também lhe permitem persistir no planeta indefinidamente. Um número crescente de investigações tem demonstrado que alguns insetos podem ser capazes de consumir e degradar plásticos.

No entanto, estes ensaios foram efetuados principalmente com plástico puro e não com produtos plásticos comuns.

“Neste estudo, produzimos partículas de microplástico a partir de máscaras faciais médicas à base de petróleo e de plantas”, explicam os autores.

As larvas da farinha (n=160) foram alimentadas com uma mistura de farelo e microplásticos de máscaras médicas e, durante 23 dias, consumiram 530 mg de plástico. Tendo em conta as partículas excretadas, as taxas de consumo líquido situaram-se entre 39,6% e 22,6%, consoante o tipo de plástico. Seriam necessários 138 dias para que 100 larvas de farinha consumissem uma máscara facial”, afirmam os autores.

“Demonstramos que o escaravelho comum Tenebrio molitor (larvas da farinha) consumiu cerca de 50% das partículas disponíveis. Os insetos podem ser a chave para estratégias sustentáveis de eliminação de plásticos, mas a investigação neste domínio tem de avançar em simultâneo com reduções no fabrico de plásticos”, concluem.





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