Legos em bioplástico: melhor para o ambiente?



A Lego comprometeu-se em deixar para trás o plástico baseado em petróleo, e abraçar o plástico feito a partir de etanol de cana de açúcar. O resultado é um novo tipo de bioplástico, que apesar de não ser tão mau quanto aquele feito a partir do petróleo, não é necessariamente melhor para o meio ambiente.

As peças de bioplástico são, para já, usadas apenas nas peças de plantas e arbustos da Lego. A razão prende-se com o facto de o bioplástico ser flexível e de não ter a resistência do plástico ABS feito a partir de petróleo usado nas restantes peças – e que representam 97% de todas as peças que a Lego produz.

Assim, o bioplástico da Lego é mais uma aspiração do que a empresa pretende ser e fazer relativamente à poluição do que propriamente uma solução para o problema. Por outro lado, o bioplástico não é necessariamente melhor para o planeta. E porquê? Bom, para começar, as peças de bioplástico não são biodegradáveis e precisam de ser recicladas num local apropriado. Por outro lado, este plástico é feito a partir de etanol de cana de açúcar, e a plantação da cana de açúcar requer terra e trabalho manual. O Brasil é o maior fornecedor de etanol feito a partir de cana de açúcar, e as condições de trabalho não são as melhores. Há também preocupações com a erosão do solo e a desflorestação, apesar de um estudo recente indicar que as plantações de cana não estarem diretamente ligadas à desflorestação.





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