Líder climático da ONU diz que é preciso converter promessas em ação concreta

O responsável da convenção das Nações Unidas sobre alterações climáticas (UNFCCC) diz que na “nova era de ação climática” é preciso transformar promessas feitas em ações concretas.
Simon Stiell falava esta segunda-feira na sessão de abertura da Semana Climática de Nova Iorque, uma antecâmara para a cimeira global sobre alterações climáticas (COP30) que acontecerá em novembro na cidade de Belém, no Brasil.
Apesar de todos os alertas que têm sido emitidos pela comunidade científica e pela sociedade civil, Stiell acredita que os alarmes que soam se trata de “ruído” e que “os factos mostram um mundo a alinhar-se com o Acordo de Paris”.
“O investimento nas renováveis aumento dez veze em dez anos” e a transição energética “está em expansão em quase todas as maiores economias e só no ano passado alcançou os dois biliões de dólares”, aponta Stiell. Ainda assim, reconhece que a transição não está a acontecer ao mesmo ritmo pelo mundo fora e que os seus benefícios “não são partilhados por todos”.
O responsável avisa que sem a cooperação climática no âmbito da estrutura das Nações Unidas o mundo encaminhar-se-ia para um aquecimento global de cinco graus acima dos níveis pré-industriais, “um futuro impossível”, declara. E lembra que “hoje estamos mais perto dos três graus”, pelo que a próxima cimeira climática global deverá apresentar “fortes resultados”.
“A cooperação climática está a funcionar, mas precisa de ser mais rápida e justa. O mundo está a alinhar-se com o Acordo de Paris, mas precisamos de ampliar a escala”, apela Stiell.