Linha de roupa pode ajudar a travar propagação de bactérias nos transportes públicos



As autoridades de saúde de vários países estão a ficar preocupadas com o número crescente de infecções provocadas por bactérias resistentes aos antibióticos – e a inexistência de novos medicamentos capazes de as combater. Os transportes públicos, segundo aquelas, são uma fonte importante de contaminação e transmissão de doenças, como a tuberculose.

Como resposta a este problema, a empresa americana de consultoria em inovação gravitytank desenhou uma linha de roupa denominada Straphanger, que tem como objectivo reduzir a propagação de bactérias nos transportes públicos.

Segundo o Menos um Carro, a iniciativa faz parte de um projecto mais amplo da empresa para consciencializar os cidadãos para a transmissão de doenças nos transportes públicos –  o Project Transfer que resultou de estudo de caso desenvolvido pela  gravitytank.

“Fundamentalmente, o que transmite doenças é o toque”, revelou Amy Seng, estratega na gravitytank. “As pessoas tocam nas paredes, nos assentos – ou espirram sobre as superfícies. Estas são apenas peças de vestuário que têm um design adaptado para minimizar o toque.”

Da linha de roupa fazem parte uma cotoveleira anti-microbiana que oferece um “lugar” seguro para os passageiros espirrarem e que se remove facilmente – permitindo lavagens frequentes -, uma máscara facial com forro anti-microbiano que filtra o ar, um casaco com uma gola alta forrada com lã anti-microbiana e luvas que deslizam de dentro das mangas do pólo.

A completar a linha de roupa antibacteriana está ainda um bolso no pulso para colocar o passe que permite a validação sem contacto e uma mochila concebida para espaços superlotados.

Para além desta indumentária, o Project Transfer propõe ainda uma série de infraestruturas e ideias para travar a propagação de bactérias nos transportes, tais como colocar encostos no metro ou autocarros que permitem que as pessoas viagem de forma segura e confortável, sem terem de tocar nas superfícies, e desinfectar as argolas dos apoios. Outras das sugestões passa por colocar compartimentos nas estações de metro para que os passageiros possam desinfectar as suas mãos .

Este projecto surge numa altura em que grupo de investigadoras portuguesas e americanas concluíram que os autocarros públicos da cidade de Lisboa são uma fonte importante de contaminação e transmissão das bactérias MRSA (Methicillin-resistant Staphylococcus aureus), que são responsáveis por infecções hospitalares e podem até conduzir à morte.

Leia mais no Menos Um Carro.

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